sexta-feira, 11 de abril de 2008

Questões preliminares de Joel I (I de IV)

As palavras fortes eram características intrínsecas na personalidade de Joel, nome fraco como quem não come mel nem joga coisa alguma. Nosso amigo é uma construção de uma sociedade ressentida e perdida. Nunca entendeu porque nasceu pobre. Observe que o rapaz para burro não servia, tendo em vista a persistência em procurar saídas em diferentes sistemas.



A religião realmente nunca foi a primeira opção dele. Mas naquela de Maria-vai-com-as-outras de guri, foi batizado, crismado e para tanto, inclusive havia se confessado duas vezes, fato que não confessava (!) para ninguém nem sob ameaças, tolice. A tal dita ofereceu algumas opções que por mais que tentava aceitar racionalmente, modernamente, não era possível. Só com fé mesmo.



Sua mãe lhe dizia que fé era de olhos fechados. Rezar de olhos fechados era bom. Mas se a questão era fé, era a única coisa que não tinha. Seu pai era bêbado. Mas era o pau-d´água mais decente do bairro, e por isso não podia reclamar, suas tias (deixadas embarrigadas) lhe diziam. Fé na sua vida. Tudo que sabia era pelo bairro ou pela televisão. Veja a estranheza. Não gostava de Deus. Era isso que diziam.



Mas o texto não é para criticar Deus, que era um Ser pelo visto, como qualquer outro, visto que com poder, fez coisas boas e ruins. Voltando ao assunto, religião, ele por não acreditar justamente na única coisa que parecia possível, a fé, não pode pessoalmente, aceitar todas as possibilidades, que podem te dizer que você foi um rei malvado vida passada e por isso está pagando os pecados (o número de reis malvados aumenta impressionantemente) ou que está num degrau espiritual passando para outro, ou porque Deus quis assim. Façam suas apostas.

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